6 de set. de 2009

Cosmogenese e Teoria Holografica


De acordo com os ensinamentos contidos na magnífica obra "Wholeness and the implicate order" do grande Físico Teórico David Bohm, o mundo em que vivemos é multidimensional. O nível mais óbio e superficial é o mundo quadridimensional , mundo esse que esta inserido dentro de um contexto denominado pelo autor como sendo Ordem Explícita. Essa ordem por mais que possa denotar uma tendência para um aparente caos com relação ao comportamento dos elementos que constituem o universo, é arquitetonicamente regida por um ordenamento oculto que Bohm denomina de ordem implícita.

Segundo os ensinamentos desse sábio Físico, uma compreensão mais clara sobre a ordem implícita só é possível avançando-se para um nível de percepção mais profundo; nível esse que permite um entendimento hermenêutica da significação de nossa experiência física, psicológica e espiritual. Tal fundo de abrangência que é tocado por esse nível de percepção, é na verdade uma emanação de uma ordem muito mais sutil, ordem essa denominada de Superimplicita. Para além dela, o Físico mergulhando numa fonte ou esfera infinita de n-dimensional, postula em sua obra muitas outras ordens oriundas de uma ordem abrangente que esta em constante processo de elaboração denotando assim sua supracriatividade.

Em geral, a totalidade dessa ordem abrangente não pode se tornar manifesta para nós; somente um certo aspecto que dela se manifesta. Quando trazemos essa ordem abrangente para o aspecto manifesto, temos uma experiência de percepção. Mais isso não quer dizer que a totalidade da ordem seja apenas aquilo que se manifesta. Na visão cartesiana que influenciou inclusive alguns místicos, a totalidade da ordem, pelo menos potencialmente, é manifesta, embora os mesmo não sabiam como manifestá-la por si mesmo, os mesmos necessitaram em suas pesquisas inclusive a utilização de microscópios, telescópios e outros instrumentos.

Na ordem implícita, o que se torna visível é somente uma parte mínima da ordem abrangente, e, por isso se faz necessário entender a distinção entre o que é manifesto do que não é manifesto. Essa parte mínima poderá voltar à ordem abrangente e não manifesta na ordem manifesta, para em seguida descrever um movimento contrário. Esse movimento fundamental consiste em recolhimento e desdobramento que é um movimento básico de um processo produzido em uma ordem mais sutil, processo esse que o autor denomina de Holomovimento. O holomovimento seria a esfera do que é manifesto.

De acordo com o autor a existência material seria um aspecto desse holomovimento que se manifestaria em uma forma mais estável. A matéria densa, por exemplo, seria simbolicamente uma nuvem dentro desse holomovimento, e ela manifestaria o holomovimento aos nossos sentidos e pensamentos comuns.

Pessoalmente acredito que esse holomovimento como produto de uma ordem sub-abrangente esta profundamente relacionado ao UPÂDHI assim como também com a sua base MÛLAPRAKRITI, e também com a irradiação de MÛLAPRAKRITI a tão referenciada ÂKÂSHA. Cabe a nos, eternos buscadores da verdade, tentarmos buscar, seja racionalmente ou intuitivamente, uma forma de entendimento sobre esses elementos e suas relações.

13 de ago. de 2009

A Realidade e suas faces


A distinção entre realidade e aparência sempre foi um dos problemas centrais da filosofia. No mundo Ocidental foi colocada pela primeira vez por Parmênides, no século VI a.C. Entende-se vulgarmente por realidade tudo aquilo que existe ou é, por oposição aquilo que designamos por nada, aparência ou ilusão.

Por sua vez, a questão - o que é a realidade? , tem originado nas diversas correntes filosóficas, as mais variadas respostas. Cada uma traduz de uma forma explicita ou implícita uma dada concepção da mesma. Podemos citar, por exemplo:

Realidade Sensorial
O homem comum como o empirista radical tende a associar a realidade com aquilo que pode ser empiricamente observado. A realidade existe independentemente da consciência dos indivíduos. Basta olhá-la para descobri-la e captar-la na sua totalidade. A realidade é assim algo que existe independente da consciência dos indivíduos. Esta posição traduz-se na crença que só as coisas observáveis são reais. Neste sentido, tudo o que não pode ser captado através dos sentidos tende a ser negado, ou é tratado como um produto da imaginação. Estamos aqui perante uma visão ingênua da realidade, desmentida inclusive pela própria investigação científica.


Realidade Ideal

A realidade não se confunde com as imagens efêmeras das coisas que obtemos através dos sentidos. A verdadeira realidade é da ordem das idéias. Só nestas poderemos encontrar algo imutável e eterno. A verdadeira realidade está nos próprios indivíduos e não nas coisas. Parménides e depois Platão numa forma sistemática, sustentaram esta concepção do real. Outros filósofos desenvolveram concepções idênticas. Berkeley, no século XVII, sustentou que a única realidade que existia era a das nossas percepções.

Realidade Virtual

Há várias definições aceitas para realidade virtual. Isto é devido, em parte, à natureza interdisciplinar da área, e também a sua evolução. De uma maneira ou de outra, os sistemas de realidade virtual acabaram vindo de sistemas computacionais de mesa, simuladores, sistemas de tele-operação, etc.
A realidade virtual também pode ser considerada como a junção de três idéias básicas: imersão, interação e envolvimento. Isoladamente, essas idéias não são exclusivas de realidade virtual, mas aqui elas coexistem.
A idéia de imersão está ligada com o sentimento de se estar dentro do ambiente. Normalmente, um sistema imersivo é obtido com o uso de capacete de visualização, mas existem também sistemas imersivo baseados em salas com projeções das visões nas paredes, teto, e piso. Além do fator visual, os dispositivos ligados com os outros sentidos também são importantes para o sentimento de imersão, como som, posicionamento automático da pessoa e dos movimentos da cabeça, controles reativos, etc. A visualização tridimensional através de monitor é considerada não imersiva.
A idéia de interação está ligada com a capacidade do computador detectar as entradas do usuário e modificar instantaneamente o mundo virtual e as ações sobre ele (capacidade reativa). As pessoas gostam de ficar cativadas por uma boa simulação e de ver as cenas mudarem em resposta aos seus comandos. Esta é a característica mais marcante nos videogames.
A idéia de envolvimento, por sua vez, está ligada com o grau de motivação para o engajamento de uma pessoa com determinada atividade. O envolvimento pode ser passivo, como ler um livro ou assistir televisão, ou ativo, ao participar de um jogo com algum parceiro. A realidade virtual tem potencial para os dois tipos de envolvimento ao permitir a exploração de um ambiente virtual e ao propiciar a interação do usuário com um mundo virtual dinâmico.

A Realidade Orientalista

O conceito de Realidade na metafísica oriental é a da realidade única, subjacente a toda forma de vida. Para obter a percepção da verdadeira realidade, o discípulo deve aprender técnicas de concentração e meditação, que proporcionam um estado de percepção elevado. Esse conceito pode ser melhor compreendido conhecendo a obra de Paramahansa Yogananda, autor do clássico Autobiografia de um Iogue, e também de uma vasta coleção de livros. Uma de suas principais obras metafísicas, onde ele traça paralelos entre a realidade ilusória e a Realidade única é o livro Bhagavad Gita - God talks to Arjuna, editado pela Self-Realization Fellowship (www.yogananda-srf.org), organização fundada por Yogananda em 1920, Los Angeles, EUA.

A Realidade para a Física

No âmbito Física Teórica, é bastante simples perceber a surpreendente e extraordinária falta de consenso entre os pais fundadores da teoria quântica acerca de problemas que à primeira vista deveriam conhecer um mínimo de acordo. Essas questões dizem respeito à realidade.

Podemos nos questionar: De que trataria para os físicos, pois, o problema da realidade? Que estatuto ontológico teria esses objetos de que fala a mecânica quântica? Em outras palavras, em que constituiriam entidades como elétrons, prótons, fótons, mésons, pións, etc.?
Seriam entidades ontologicamente existentes, ou entidades mnemônicas, ou meros construtos teóricos para salvar os modelos em torno dos fenômenos ditos naturais, ou ainda, meras hipóteses de trabalho?

Dentre as inúmeras formas dentro da Física de encarar a realidade, encontraremos os que seguem o ideário realista, e encontramos também aqueles que negam tal ideário.

A noção filosófica de realismo é inerente à concepção clássica do mundo. Realismo é a consideração de que os objetos (sejam planetas ou partículas microscópicas) existem por si mesmos e têm propriedades intrínsecas bem definidas, as quais não dependem do observador.

A questão que envolve o conceito de realismo pode ser apresentada – de forma simplificada – através do exemplo da moeda. Considerando-se o lançamento de uma moeda sob a luz da mecânica clássica (ligada ao macromundo), a probabilidade de obtermos cara ou coroa é, em cada moeda lançada, de 50%. Dentro da visão clássica, é possível argumentar que, se conhecêssemos absolutamente tudo acerca da moeda e de todas as forças envolvidas no lançamento, poderíamos prever exatamente o que resultaria: ou cara ou coroa. Isto é, se o estado do sistema fosse integralmente conhecido antes do lançamento, então o resultado poderia ser previsto com toda a certeza.

Outra forma de denotar o pensamento realista pode ser percebida com base na frase atribuída ao Físico Wheeler, segundo a qual “no phenomenon is a phenomenon until it is an observed phenomenon”, qualquer realidade que não tenha sido ainda observada deveria ser negada enquanto tal pois ela não pertenceria ao mundo dos fenômenos. Limitando de tal maneira o conceito de realidade e a reduzindo apenas ao universo dos fenômenos observados, então não se poderia atribuir realidade a lua nos instantes em que para ela não dirigirmos os nossos olhares.

Ao realismo também se associa a idéia de que o comportamento de um objeto é determinado por suas propriedades intrínsecas reais do ambiente em que ele se encontra. O realismo é uma suposição implícita na física clássica e em toda teoria moderna, com exceção da mecânica quântica.

No âmbito da mecânica quântica – criada para explicar a realidade no domínio do micro. A escola de Copenhagen diz que as leis da natureza são intrinsecamente probabilísticas, o que significa que podemos ter diferentes resultados associados a estados iniciais absolutamente idênticos. De acordo com essa interpretação, existe um caos intrínseco: os resultados não são determinados por seus estados iniciais a não ser de modo probabilístico. De acordo com os pensamentos formulados pelos Físicos de tal escola, o mundo é não-realista. Para essa corrente, as propriedades dos corpos são propriedades apenas potenciais, que dependem do experimento realizado, ou seja, da observação que se está fazendo.

A Realidade para o Espiritualismo

Diversas escolas espiritualistas descrevem o que chamamos de realidade como sendo diferenciada em várias camadas (planos), sendo que o domínio físico, o mundo que observamos através de nossos sentidos, é apenas um dos diversos padrões de expressão de uma certa realidade global. Daí, a realidade na óptica das mais variadas escolas espiritualista, não se restringe aos fenômenos físicos; ela, entretanto engloba, além disso, entidades e processos mentais que se apresentam de forma tão real, tal como todo e qualquer objeto físico que é percebido por nosso sensório. A observação comum do ser humano, restrita ao mundo dos sentidos físicos, conhece, porém, apenas os objetos do plano material. Os outros aspectos da realidade, ou seja, os planos espirituais, podem se tornar de forma acessível, de uma forma equilibrada e consciente, quando o ser através da conseqüência natural do seu desenvolvimento moral e espiritual, com base na senda do autoconhecimento e do autodomínio de seus sentimentos; consegue adquirir conhecimento diante a dinâmica especifica de cada plano espiritual, assim como a habilidade de não ser iludido por suas propriedades naturais características.
(Série: Teorias do AZOTH)

A Teoria Quântica não é um mar de Rosas



Os problemas epistemológicos suscitados pela teoria quântica são tão variados e tão profundos que qualquer lista que pretendesse ser completa, dificilmente o seria e ainda que o fosse constituiria tanto uma eloqüente manifestação de complexidade quanto de inconclusão. Mas se por um lado isso implica numa Torre de Babel, representa, por outro, algo muito esclarecedor: a teoria quântica constitui enorme salto cognitivo no sentido da compreensão da realidade física.
O debate sobre a teoria quântica é referido por inúmeros autores como um verdadeiro labirinto conceitual, uma torre de Babel, um diálogo de surdos, exatamente para significar que todos falam, mas são surdos (deliberadamente ou não) diante dos argumentos dos demais. Além disso, há sérias razões para se duvidar se o consenso existente no contexto de correntes majoritárias seja ou não fruto de reflexão genuína, e mesmo de um diálogo minimamente satisfatório entre teoria e experimento, ou mera acomodação motivada por conveniências de várias ordens inclusive pela bem conhecida política de se cortejar grandes chefes a fim de que se venha a evitar uma carreira com sobressaltos, ou seja, àquilo a que Einstein se referiu, numa bela carta a seu amigo Solovine, e em tom de veemente reprovação ao lamentar o procedimento daquelas pessoas sugestionáveis que sempre estão na moda.
Podemos também dizer que essa divergência em torno da teoria quântica é, em certa medida, muito estranha e muito peculiar, pois há um enorme abismo entre o extraordinário consenso entre as fórmulas matemáticas da teoria quântica e a profunda dissidência no que diz respeito às interpretações e implicações sobre a realidade física. E podemos acrescentar, se o pluralismo é bom sinal, o dogmatismo Exagerado, notado em amplos círculos de opinião, nada tem de esclarecedor.
A influência e o fascínio exercidos pela teoria quântica atingem não apenas os físicos, matemáticos, químicos e biólogos; eles atingem, além de outros cientistas naturais, também os cientistas sociais, os filósofos, os artistas e muitas outras categorias profissionais; eles atingem, de fato, até mesmo os Espiritualistas Curiosos. Sem esquecer nem desmerecer que a curiosidade constitui uma dimensão importantíssima de entusiasmo frente aos problemas cognitivos, e que para pensar não é necessário se ater a qualquer que seja a categoria profissional, embora a inserção na estrutura formal de ensino e pesquisa seja recomendável, é perfeitamente compreensível que idéias como salto quântico, consciência do sujeito, dissolução da realidade, relações não-causais, indeterminismo, não-localidade, entre outras, constituam um grande atrativo no imaginário das pessoas, quase sempre acompanhado de grande precipitação e ligeireza de reflexão. Dai a importância da cautela com relação à aderência a determinados conceitos que ainda se encontram em processo de construção.
Na Mecânica Quântica, ou no quadro teórico da mecânica dos fenômenos discretos a natureza, considera-se que todos os fenômenos físicos são necessariamente considerados quantizados, no que se refere a todas as grandezas físicas envolvidas. A Mecânica Quântica apresenta diversas dificuldades teóricas, embora seja uma teoria com vasta aplicação tecnológica. Dentre tais dificuldades, destaca-se o problema do colapso da Função de onda, levantados por vários intérpretes da Mecânica Quântica e também pelos físicos defensores do quadro teórico da mecânica dos fenômenos contínuos. A este problema estão associadas às famosas interpretações da Mecânica quântica, e várias delas de natureza realista que pregam que a realidade independe do observador, e, outras, de natureza idealista que defende a idéia que a realidade é produzida pela influencia do observador. Todas remetem a Importantes investigações filosóficas envolvendo noções como mente corpo, inteligência, consciência, realidade, etc. Noções essas também, que são fundamentais para a formulação conceitual da base arquitetônica dos ensinamentos de algumas escolas espiritualistas.
(Série: Teorias do AZOTH)

2 de ago. de 2009

Modificamos e não Modificamos os Padrões de Realidade


É muito comum no meio Espiritualista, ver algumas pessoas afirmarem com base em certas leituras feitas em torno obras escritas por Físicos Místicos, que nos sempre geraremos modificações no estado dinâmico dos objetos que compõe realidade, seja ela Física ou Espiritual.
Entretanto no âmbito da Teoria Quântica; a coisa não funciona bem assim.
Hoje dentro do âmbito da Física Quântica, sabe-se que existem determinadas circunstancias que mostram que quando o observador observa um determinado sistema dinâmico, pode ocorrer que pelo fato da observação ser manifestada, o sistema dinâmico é impedido de mundar de estado, ou seja, a função de onda que representa os diversos estados possíveis do sistema dinâmico é impedida de colapsar.
Esse Advento é denominado no âmbito da Física Quântica por Efeito Zenão quântico.
Podemos analogicamente esboçar esse efeito da seguinte forma:
É como se estivéssemos esquentando água em uma panela. Se deixarmos a panela tampada, sem observar a água, ela ferve depois de cinco minutos (com gás encanado, dez minutos). Mas se a cada dez segundos levantarmos rapidamente a tampa para observar se ela já ferveu, demora um tempo muito maior para ferver. O que ocorre é que nossa observação interfere no sistema, e altera sua evolução.
Outro exemplo seria um núcleo radioativo. Se após uma hora medíssemos quantos átomos decaíram em uma amostra, suponha que 50% deles o tenham feito. Porém, se medíssemos a cada minuto, no final (após uma hora) menos de 1% teria decaído! E no limite, se observássemos continuamente o núcleo radioativo, ele nunca decairia!Tal efeito já tinha sido previsto por alguns físicos na década de 1960, mas foi com o trabalho de Misra & Sudarshan, em 1976, que o efeito passou a ser discutido, e seu nome foi dado.
Vários filósofos contemporâneos, dentre eles citamos o argentino Mario Bunge, atacaram a veracidade do efeito, pois não admitiriam que uma mera observação pudesse mudar a realidade. Porém, ele acabou sendo comprovado experimentalmente em 1990, pelo Físico Itano e seus colaboradores. O ponto a ser ressaltado é que uma “observação” não é uma mera contemplação apolínea, distante, mas que ela envolve um forte distúrbio no átomo sendo observado. Nesse sentido, as dúvidas de Bunge puderam se dissipar, pois o experimento não desafia a sua postura filosófica “objetivista”.
A chave para entender o efeito Zenão quântico é lembrar que a cada observação ou medição ocorre um colapso da onda quântica. Os sistemas em questão envolvem uma lenta transição de um estado para outro. Ao observar constantemente um determinado sistema, provocam-se colapsos constantes para o estado inicial, e ele nunca completa a transição para o outro estado.
No âmbito do ensinamento oculto, podemos questionar, será que os dinamismos das modificações dos planos de manifestação obedecem também à mesma ordem de idéias? Será que um determinado plano de manifestação a nossa múltipla ações observacionais, mesmo que se der de uma forma inconsciente, poderá tolher a alteração de processos inerentes a nossa própria dinâmica estrutural ou quiça de outras estruturas que compõe outros seres? Essas e muitas outras questões deverão ser repensadas sempre, antes de defendermos um conceito preliminar da teoria quântica, com o objetivo de defendermos nossas convicções pessoais.

AZOTH13

2 de mai. de 2009

Os quatro principios Fundamentais da Teoria Quântica

A teoria quântica resulta numa mudança muito mais radical das noções de ordem e de medida do que a teoria da Relatividade Geral. Para entender essa mudança, deve-se considerar quatro aspectos de crucial importância introduzidos por essa teoria.

A) Indivisibilidade do quantum de ação
Essa indivisibilidade implica que transições de Estados estacionários são de certa forma, transições discretas. Assim, não faz sentido dizer que um sistema passa por uma série contínua de estados intermediários, semelhantes ao estado inicial e final. Claro que isso é bem diferente da Física Clássica, que implica uma série continua de estados intermediários em cada transição.

B) Dualidade onda-partícula das propriedades da matéria
Sob diferentes condições experimentais, a matéria comporta-se mais como onda ou mais como uma partícula, mas sempre, em certos aspectos, como ambas.

C) Propriedades da matéria como potencialidades estatisticamente reveladas
Toda sistema físico é agora caracterizado por uma função complexa denominada por função de onda, ou por uma matriz composta por vetores de estados localizados num espaço denominado por Espaço de Hilbert. Essa função de onda ou matriz de estado, não estão diretamente relacionados com as propriedades efetivas de um objeto, evento ou processo Individuais. Em vez disso, tais representações matemáticas relacionadas a tais sistemas físicos encarados dinamicamente, só podem ser pensados a título de descrição de potencialidades presentes na situação física. Potencialidades essas que são diferentes e, de um modo geral, mutuamente incompatível (Por exemplo: comportamento ondulatório ou comportamento corpuscular) são efetivadas em diferentes arranjos experimentais (de modo que a dualidade onda-partícula pode ser entendida como uma das principais formas de expressão dessas potencialidades incompatíveis). Em geral, a função de onda ou a matriz de estado, fornece apenas uma medida de probabilidade para a atualização de diferentes potencialidades num ensemble (um conjunto de vários sistemas que, apesar de suas condições iniciais diferentes, são idênticos a um sistema estatisticamente considerado) estatistico de observações semelhantes realizados sob condições especificas, não podendo prever o que acontecerá detalhadamente com cada observação individual.
Essa noção de determinação estatística de potencialidade mutualmente incompatíveis é, evidentemente, muito diferente do que é feito, na física clássica, onde não há lugar para a noção de potencialidade tenha um papel tão fundamental. Na Física Classica, julga-se que apenas o estado efetivo de um sistema pode ser relevante numa dada situação física, e que a probabilidade aparece porque ignoramos o estado efetivo ou porque estamos tomando a média num ensemble de estados efetivos que se distribuem por toda gama de condições. Na teoria quântica, não faz sentido investigar o estado efetivo de um sistema à parte de todo o conjunto das condições experimentais que são essenciais para efetivar esse estado.


D) Correlações não-causais (Entrelaçamento quântico)
Segundo uma determinada inferência da teoria quântica, eventos separados no espaço e sem possibilidade de conexão por meio de interações, estão correlacionados de um modo tal que se pode mostrar ser impossível uma explicação causal detalhada, mediante a propagação de efeitos a velocidades não-maiores que a da Luz.

22 de mar. de 2009

A Construção dos Padrões de Realidade

Antes de a física quântica ser compreendida adequadamen­te, uma metafísica materialista dominava a ciência — particulas elementares formam átomos, átomos formam moléculas, moléculas formam células, inclusive os neurônios, neurônios formam o cérebro e o cérebro forma a consciência.Essa teoria da causação é chamada de teoria da causação ascendente: a causa vai das partículas elementares, ou micro, até a consciência e o cérebro, macro. Não existe poder causalem qualquer entidade do mundo, exceto nas interações entrepartículas elementares.Mas, se nós mesmos nada somos senão possibilidades materiais, como nossa observação pode reduzir ondas de possibilidade? A interação de possibilidade com possibilidade só gera possibili­dades mais complexas, nunca uma realidade. Assim, se só exis­tisse a causação ascendente no mundo, o colapso quântico seria um paradoxo. Na interpretação correta e livre de paradoxos da física quântica, a causação ascendente só é capaz de produzir ondas materiais de possibilidade para a escolha da consciência (não material), e a consciência tem o poder supremo, chamado de causação descendente, de criar a realidade manifestada por meio da livre escolha dentre as possibilidades oferecidas. A cons­ciência não é mais vista como um epifenômeno do cérebro, mas como a base da existência, na qual todas as possibilidades mate­riais, inclusive o cérebro, estão incrustadas.

Objetos quânticos podem dar um salto descontínuo — agora ele está aqui, depois ali; esse salto é chamado de salto quântico. Um átomo emite luz quando um elétron dá esse salto quântico de um estado energético atómico superior para um inferior. É pos­sível observar a natureza radical desse salto quântico se o visualizarmos como o elétron que pula de uma órbita superior, em torno do núcleo atómico, para outra inferior, sem viajar pelo espaço entre as órbitas.

De modo análogo, a causação descendente é descontínua sob todos os aspectos possíveis: causalmente (não podemos atri­buir a ela uma causa precisa), mecanicamente (não podemos criar um modelo matemático para ela), algoritmicamente (a matemática não se aplica a ela) e logicamente (sua lógica é circular: o observador é essencial para que ocorra o colapso, mas tal observador é apenas possibilidade antes da ocorrência do colapso. Possibilidade essa dentre inumeras outras possibilidades que tambem hipoteticamente podem ser representadas por outra função de onda.

A Função de onda que contém dentre inumeras possibilidades, dentre elas a do Observador consciente, para manifestar como realidade esse estado, pode sofrer um processo no qual os Físicos denominam teoricamente por auto-colapso. Nesse processo de Auto-colapso que é influenciado por váriaveis ocultas, a possibilidade torna-se realidade, e dai o observador se evidencia no processo de co-criação de uma realidade que de certa forma esta profundamente entrelasada consigo mesmo, uma vez que o processo de co-criação da realidade estabelece-se de uma forma não-local e isso é entendivel, através daquilo que os físicos denominam por um tipo de relação entre obsevador e realidade, denomiada por coerência quantica.

Quando se estuda esoterismo, geralmente se aprende que a consciencia seria um processo dinamico que é manifestado em todos os planos da manifestação;em sentido amplo, entende-se por "consciência" como sendo a capacidade que possuem os veículos do nosso ser,de perceber as realidades internas e externas. Com base nesses conceitos, observa-se que várias escolas espiritualistas postulam que todos os seres humanos são constituidos de variadas consciencias, onde cada uma delas se manifesta num padrão especifico de realidade. Tais padrões de realidade originalmente foram geradas por um processo de auto-colapso da consciencia divina no processo criativo de elaboração dos planos de manifestação. Entretanto num processo de escala menor, tais planos são tambem ilusoriamente modificados e modelados por nossas consciencias, de acordo com o nivel de potencial de energia que é esborçado no processo de interação não-local com outras função de onda que compõe tais faixas de realidade.

Com base nesse raciocinio entendemos que filosoficamente que os multiplos dominios de manifestação, são na verdade modelados especulativamente por processos de colapsos de padrões especificos de consciencia, como tambem de processos de auto-colapso que tais padrões podem apresentar quando estimulados por fatores ocultos.
(Série: Teorias do AZOTH)

21 de mar. de 2009

Os Tijolos do Universo


Os Físicos desenvolveram uma teoria chamada de Modelo padrão,que visa explicar de que o Universo é feito e o que o mantém unido.É uma teoria simples e compreensível que explica os tipos de partículas conhecidas,assim como as interações complexas entre as mesmas.
Segundo a física das partículas elementares, os tijolos fundamentais da matéria podem ser divididos em dois grupos: as duas classes de partículas que compõem a matéria propriamente dita, uma classe que transmitem as forças entre elas, e um tipo de partícula que esta intrinsecamente associada ao campo escalar. Podemos apresentá-las da seguinte forma:

- Handrons
Composto de Protons e Neutrons
Composto de seis Quarks
Up,Down,Charm,extrem,top,botton
-Leptons
Composto de: Eletron,Muon,Tau,T-neutrino,U-neutrino,E-neutrino

-Bosons
Foton
Gravitron
W+,W-,Z0
Oito tipo de Gluons

-Particulas Escalares
Particula (Boson) de Higgs

Entretanto no ponto de vista de algumas sociedades espiritualistas, como a Sociedade Teosofica, ao se falar de Universo, deve-se levar em conta dentro do domínio da manifestação, a existência de 7 planos concêntricos e co-relacionados que possuem cada um, uma constituição própria característica.

De acordo com tal escola, na vasta esfera no espaço, no interior da qual deveria nascer nosso Universo, a princípio não havia nada que pudesse se assemelhar àquilo que concebemos como matéria. Só existia “Mulaprakriti” ou “raiz da matéria” (ainda sem a propriedade a que nós denominamos forma), ou vácuo ou “Koilon” (este é o éter primordial a que os cientistas antigos se referiam e que a ciência moderna descartou como errado). São essas as águas genésicas a que se refere a Bíblia, sobre a qual pairava o Espírito de Deus. Neste koilon o Logos Cósmico (A Consciencia Divina) derramou sua poderosa energia – Fohat – que abriu inumeráveis pontos ou bolhas no Koilon, as quais, como explicaremos mais abaixo, foram reunidas de maneira especial para formar os átomos, isto é, para formar a matéria diferenciada, tal qual a concebemos. Como disse, no início das coisas, o que havia era a “raiz da matéria”, indiferenciada, informe. De acordo com os ensinamentos ocultos, o papel do Logos Solar aqui é o de transformar o Movimento Transcendente (energia latente), a Matéria Incondicionada (sem forma objetiva para nós), a Duração e o Espaço Abstrato em Movimento Relativo (energia ativa), Matéria Diferenciada (com forma), Tempo Periódico e Espaço Objetivo. Ao se manifestar o Logos Solar cria diferentes formas, cada qual com uma capacidade diferente de perceber (conhecer) o Universo que a cerca. Poderíamos dizer que o Logos Solar é um grande britador cósmico, que quebra a matéria indiferenciada (incondicionada, sem forma) em luz (as bolhas que aparecem no Koilon para nós assemelham-se a pontos de luz), em matéria diferenciada, espaço relativo, etc.. Vemos aí novamente o simbolismo bíblico: “E disse Deus: Haja luz; e houve luz. / E viu Deus que a luz era boa.” As diferentes formas criadas pelo Logos Solar são importantes, justamente, porque percebem o Universo de maneira diferente. Uma pedra percebe o Universo de maneira diferente de uma rosa que, por sua vez, vai ter uma concepção diversa do Universo quando comparada à concepção de uma macieira, que, certamente, concebe a manifestação divina através de um modo que lhe é peculiar diferente do de um coelho, que é diferente do de um leão, de uma baleia ou de um homem. No reino humano também temos as diferenças de emoções, opiniões, etc.. Entretanto, tudo que é manifestado, está cheio da natureza Divina.

Voltando às nossas bolhas ou pontos de luz, é importante ressaltar que cada ponto de luz existe onde não está o koilon. A seguir o Logos Solar, sempre através de sua energia imanente, Fohat, reuniu 7 destas bolhas em forma de uma espira, formando o que se chamou de espirais de primeira ordem. Continuando seu trabalho, o Logos reuniu 7 espirais de 1a ordem para formar espirais de 2a ordem e, de maneira semelhante, foi reunindo e enrolando as espirais sempre em grupos de 7, até chegarmos às espirais de 6a ordem, as quais foram reunidas para formar o que os teósofos chamam de “átomo físico ultérrimo” ou “átomo físico último”. Esta é a menor unidade de matéria física, de cuja desagregação resulta em matéria astral. É importante ressaltar que Fohat deixa em cada átomo impresso todo o Plano Arquetipal (o plano evolutivo) a ser seguido por aquele Universo, entretanto, a evolução do espírito se dá a “pari passu” com a evolução da matéria.

Para compreendermos melhor este enrolamento de espiras, imaginemos um fio bem fino e o trançamos com outros 6 para formar uma corda (espiral de 1a ordem); juntamos 7 destas cordas e as enrolamos para formar uma corda mais grossa ainda, e assim por diante. Estes átomos físicos ultérrimos compreendem 10 fios paralelos de espirais de 6a ordem, e podem ser positivos ou negativos. Por 7 dessas espiras (as mais “finas”) manifestam-se os 7 “estados de consciência” ou subplanos do plano físico cósmico, a saber: Átmico, Búdico, Manas Superior (Super Mental ou Mental Abstrato), Manas Inferior (Mental Comum ou Concreto), Astral (emocional), Duplo Etérico (Vital) e Físico (estamos falando do mais sutil para o mais grosseiro). Pelas outras 3 espiras vibram os 3 Logos Ativos durante a manifestação do Universo (que reunidos expressam o Logos Solar); poderíamos dizer que por esses 3 grupos de espiras fluem diretamente a Vontade, a Sabedoria e o Amor Divinos.
Como podemos observar através da figura, o átomo físico último tem a forma de uma esfera ligeiramente achatada, com uma depressão por onde entra a energia e uma “ponta”, por onde a mesma sai.

Ao serem reunidas e enroladas as espiras para formar o átomo físico último, forma-se um canal dentro do mesmo através do qual flui a entrada e a saída de energia. Nos átomos últimos positivos a energia provém do sub-plano astral, e suas espiras estão enroladas no sentido horário. Nos átomos físicos últimos negativos, a energia provém do plano físico e, passando através do átomo, difunde-se pelo plano astral, e suas espiras estão enroladas no sentido anti-horário.

Cada uma dessas espiras é formada por 10 canais que são chamados de espirilas; por 3 dessas espirilas circulam eletricidade, e pelas outras 7 vibram ondas etéricas diversas, tais como luz, som, calor, etc..

O átomo físico ultérrimo é idêntico em todos os elementos, ou seja, se dissociarmos um átomo de hidrogênio ou um átomo de tungstênio até o estado da matéria física a que chamamos de atômico, a partir do qual a dissociação resulta em matéria astral (os 7 estados da matéria física são, do mais sutil para o mais grosseiro: atômico, subatômico, etérico, radiante, gasoso, líquido e sólido), todos os átomos físicos últimos serão iguais, diferenciando-se apenas em positivos e negativos. O que diferencia, o que faz com que se formem fisicamente átomos diferentes (hidrogênio, carbono, ferro, etc.) é o número de átomos ultérrimos positivos e negativos que se reúnem para formar os átomos físicos nossos conhecidos. Se, por exemplo, pegarmos um átomo de hidrogênio gasoso, e formos retirando clarividentemente seus invólucros radiante, etérico e subatômico, ao chegarmos no estado atômico encontraremos 18 átomos físicos ultérrimos; já para o oxigênio, encontraremos 290 desses átomos últimos.

De tudo que foi explanado até aqui, concluímos que o átomo não é substância, mas a negação da substância. O átomo é um buraco no éter, entretanto, está cheio de Natureza Divina e traz, em si, todo o Plano Arquetipal. Ele é real para nós, verdadeira substância para nosso conhecimento, justamente porque o Logos Cósmico está nele e cria em nós o pensamento de substância e realidade. Esse seria o ensinamento defendido por alguns Teosofos;entretanto para vários Físicos Teóricos,nenhum objeto atômico tem contorno bem-definidos. O átomo é algo tão minúsculo, que um bilionésimo de bilionésimo de segundo é o tempo bastante para que o mesmo difunda-se na indistinção. O mesmo continuara difundindo-se até o momento em que o observador através de um experimento, gere a medição daquilo que podemos chamar contorno.
(Série:Teorias do AZOTH)


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