2 de ago. de 2009

Modificamos e não Modificamos os Padrões de Realidade


É muito comum no meio Espiritualista, ver algumas pessoas afirmarem com base em certas leituras feitas em torno obras escritas por Físicos Místicos, que nos sempre geraremos modificações no estado dinâmico dos objetos que compõe realidade, seja ela Física ou Espiritual.
Entretanto no âmbito da Teoria Quântica; a coisa não funciona bem assim.
Hoje dentro do âmbito da Física Quântica, sabe-se que existem determinadas circunstancias que mostram que quando o observador observa um determinado sistema dinâmico, pode ocorrer que pelo fato da observação ser manifestada, o sistema dinâmico é impedido de mundar de estado, ou seja, a função de onda que representa os diversos estados possíveis do sistema dinâmico é impedida de colapsar.
Esse Advento é denominado no âmbito da Física Quântica por Efeito Zenão quântico.
Podemos analogicamente esboçar esse efeito da seguinte forma:
É como se estivéssemos esquentando água em uma panela. Se deixarmos a panela tampada, sem observar a água, ela ferve depois de cinco minutos (com gás encanado, dez minutos). Mas se a cada dez segundos levantarmos rapidamente a tampa para observar se ela já ferveu, demora um tempo muito maior para ferver. O que ocorre é que nossa observação interfere no sistema, e altera sua evolução.
Outro exemplo seria um núcleo radioativo. Se após uma hora medíssemos quantos átomos decaíram em uma amostra, suponha que 50% deles o tenham feito. Porém, se medíssemos a cada minuto, no final (após uma hora) menos de 1% teria decaído! E no limite, se observássemos continuamente o núcleo radioativo, ele nunca decairia!Tal efeito já tinha sido previsto por alguns físicos na década de 1960, mas foi com o trabalho de Misra & Sudarshan, em 1976, que o efeito passou a ser discutido, e seu nome foi dado.
Vários filósofos contemporâneos, dentre eles citamos o argentino Mario Bunge, atacaram a veracidade do efeito, pois não admitiriam que uma mera observação pudesse mudar a realidade. Porém, ele acabou sendo comprovado experimentalmente em 1990, pelo Físico Itano e seus colaboradores. O ponto a ser ressaltado é que uma “observação” não é uma mera contemplação apolínea, distante, mas que ela envolve um forte distúrbio no átomo sendo observado. Nesse sentido, as dúvidas de Bunge puderam se dissipar, pois o experimento não desafia a sua postura filosófica “objetivista”.
A chave para entender o efeito Zenão quântico é lembrar que a cada observação ou medição ocorre um colapso da onda quântica. Os sistemas em questão envolvem uma lenta transição de um estado para outro. Ao observar constantemente um determinado sistema, provocam-se colapsos constantes para o estado inicial, e ele nunca completa a transição para o outro estado.
No âmbito do ensinamento oculto, podemos questionar, será que os dinamismos das modificações dos planos de manifestação obedecem também à mesma ordem de idéias? Será que um determinado plano de manifestação a nossa múltipla ações observacionais, mesmo que se der de uma forma inconsciente, poderá tolher a alteração de processos inerentes a nossa própria dinâmica estrutural ou quiça de outras estruturas que compõe outros seres? Essas e muitas outras questões deverão ser repensadas sempre, antes de defendermos um conceito preliminar da teoria quântica, com o objetivo de defendermos nossas convicções pessoais.

AZOTH13

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