22 de mar. de 2009

A Construção dos Padrões de Realidade

Antes de a física quântica ser compreendida adequadamen­te, uma metafísica materialista dominava a ciência — particulas elementares formam átomos, átomos formam moléculas, moléculas formam células, inclusive os neurônios, neurônios formam o cérebro e o cérebro forma a consciência.Essa teoria da causação é chamada de teoria da causação ascendente: a causa vai das partículas elementares, ou micro, até a consciência e o cérebro, macro. Não existe poder causalem qualquer entidade do mundo, exceto nas interações entrepartículas elementares.Mas, se nós mesmos nada somos senão possibilidades materiais, como nossa observação pode reduzir ondas de possibilidade? A interação de possibilidade com possibilidade só gera possibili­dades mais complexas, nunca uma realidade. Assim, se só exis­tisse a causação ascendente no mundo, o colapso quântico seria um paradoxo. Na interpretação correta e livre de paradoxos da física quântica, a causação ascendente só é capaz de produzir ondas materiais de possibilidade para a escolha da consciência (não material), e a consciência tem o poder supremo, chamado de causação descendente, de criar a realidade manifestada por meio da livre escolha dentre as possibilidades oferecidas. A cons­ciência não é mais vista como um epifenômeno do cérebro, mas como a base da existência, na qual todas as possibilidades mate­riais, inclusive o cérebro, estão incrustadas.

Objetos quânticos podem dar um salto descontínuo — agora ele está aqui, depois ali; esse salto é chamado de salto quântico. Um átomo emite luz quando um elétron dá esse salto quântico de um estado energético atómico superior para um inferior. É pos­sível observar a natureza radical desse salto quântico se o visualizarmos como o elétron que pula de uma órbita superior, em torno do núcleo atómico, para outra inferior, sem viajar pelo espaço entre as órbitas.

De modo análogo, a causação descendente é descontínua sob todos os aspectos possíveis: causalmente (não podemos atri­buir a ela uma causa precisa), mecanicamente (não podemos criar um modelo matemático para ela), algoritmicamente (a matemática não se aplica a ela) e logicamente (sua lógica é circular: o observador é essencial para que ocorra o colapso, mas tal observador é apenas possibilidade antes da ocorrência do colapso. Possibilidade essa dentre inumeras outras possibilidades que tambem hipoteticamente podem ser representadas por outra função de onda.

A Função de onda que contém dentre inumeras possibilidades, dentre elas a do Observador consciente, para manifestar como realidade esse estado, pode sofrer um processo no qual os Físicos denominam teoricamente por auto-colapso. Nesse processo de Auto-colapso que é influenciado por váriaveis ocultas, a possibilidade torna-se realidade, e dai o observador se evidencia no processo de co-criação de uma realidade que de certa forma esta profundamente entrelasada consigo mesmo, uma vez que o processo de co-criação da realidade estabelece-se de uma forma não-local e isso é entendivel, através daquilo que os físicos denominam por um tipo de relação entre obsevador e realidade, denomiada por coerência quantica.

Quando se estuda esoterismo, geralmente se aprende que a consciencia seria um processo dinamico que é manifestado em todos os planos da manifestação;em sentido amplo, entende-se por "consciência" como sendo a capacidade que possuem os veículos do nosso ser,de perceber as realidades internas e externas. Com base nesses conceitos, observa-se que várias escolas espiritualistas postulam que todos os seres humanos são constituidos de variadas consciencias, onde cada uma delas se manifesta num padrão especifico de realidade. Tais padrões de realidade originalmente foram geradas por um processo de auto-colapso da consciencia divina no processo criativo de elaboração dos planos de manifestação. Entretanto num processo de escala menor, tais planos são tambem ilusoriamente modificados e modelados por nossas consciencias, de acordo com o nivel de potencial de energia que é esborçado no processo de interação não-local com outras função de onda que compõe tais faixas de realidade.

Com base nesse raciocinio entendemos que filosoficamente que os multiplos dominios de manifestação, são na verdade modelados especulativamente por processos de colapsos de padrões especificos de consciencia, como tambem de processos de auto-colapso que tais padrões podem apresentar quando estimulados por fatores ocultos.
(Série: Teorias do AZOTH)

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