13 de mar. de 2009

O ABSOLUTO


Para Hegel, “O Absoluto é o Espírito: esta é a definição mais elevada do Absoluto. Pode-se afirmar que encontrar esta definição e compreender o seu conteúdo foi o motivo último de todas as culturas e filosofias. Todas as religiões e ciências se esforçaram no sentido de atingir este ponto.
...O Absoluto não é simplesmente o Um. É o Um, mas é também o Muito: é a identidade-na-diferença.
...O Ser, o Absoluto, a infinita Totalidade, não é uma simples coleção de coisas finitas, mas uma Vida infinita, um Espírito auto-atualizante.
...ele é o processo de seu próprio vir-a-ser, o círculo que pressupõe seu fim, assim como sua intenção e cujo fim é o seu começo. Torna-se concreto ou real unicamente através de seu desenvolvimento e de sua finalidade*”.(Hegel, citado por Wilber, 1983, p. 314)
O Ser, ao se manifestar como aparência fenomenal, cria uma ilusão de Relatividade na Existência. Neste sentido, a oposição Absoluto-Relativo é apenas aparente e ultrapassada pelo caráter Assim, em última instância, o caráter Absoluto do Ser integra a relatividade da dualidade dos conceitos “Absoluto-Relativo”. Ele não tem, aliás, nada a ver com esta distinção, como mostra o mestre tibetano Longchempa.
“O Absoluto transcende o relativo, mas é imanente a tudo aquilo que é relativo. O númeno e o fenômeno são imanentes de tal forma que o imanente e o transcendente
existem ao mesmo tempo.” (Sri Nisargadalta Moharaj, 1983, p. 254)

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