15 de mar. de 2009

A Evolução Cósmica nas setes Estâncias do Livro de Dzyan


ESTANCIA I



1. O Eterno Pai, envolto em suas Sempre Invisíveis Vestimentas, tinha dormitado uma vez mais por Sete Eternidades.

Comentário do AZOTH13:

O Eterno Pai é representado dentro do simbolismo esotérico pelo Espaço abstrato absoluto, que de acordo com tais mistérios maiores é o único ente subjetivo que a mente humana tem capacidade de conceber como sendo a manifestação daquilo que a doutrina secreta chama de Causa Primeira ou o Primeiro Logos subjetivo, conhecido no Hinduismo por Brahman ( o neutro) e que representa a primeira expressão simbólica da Divindade Oculta, o Incognoscível e incomensurável para os Taoístas, a causa sem causa para o Budismo, o Ain Soph sem Limites dos Cabalistas, o Parabrahman dos Vedantinos.
Brahman (o neutro) possue atributo mesmo encontrando-se num estado simbólico anterior ao processo de manifestação, manifestação periódica essa que ocorre quando o mesmo torna-se Brahma, o Segundo Logos Subjetivo, o não neutro, o manifestado, o espírito dos multiuniversos ( Visíveis Vestimentas Ilusórias), o grande arquiteto dos maçons , que esotericamente é também conhecido como o binômio Espírito-Materia não diferenciada, ou em sânscrito Purusha-Mulaprakriti.
É muito importante frisar que de acordo com os ensinamentos apresentados na doutrina secreta, tanto o primeiro Logos subjetivo como o segundo Logos, são aspectos metafísicos da seidade Absoluta. E, portanto nesse nível de abstração, deve-se entender que ainda não existem os conceitos que possuímos com relação à emanação, criação, formação ou produção de nada que seja condicionado por uma lógica finita.
Tais conceitos surgiram a partir do surgimento do grande fluxo divino de manifestação, em seus mais variados aspectos de entendimento, fluxo divino esse conhecido esotericamente por Terceiro Logos Subjetivo, conhecido no Hinduismo por Mahat , no Budismo por Alaya, ou Teosoficamente denominada por Ideação Cósmica e Mahâ-Buddhi.
Esse fluxo divino apresenta como aspectos característicos que são conceituados pela mente finita: O Espírito (Consciência Divina), a Matéria Indiferenciada, o movimento eterno, a duração eterna e muitos outros que ainda não temos condições de definir.
É exatamente na interpretação desse fluxo divino que surge individualmente os elementos interdependentes que nas Estâncias são conceituados simbolicamente por:
- Sempre Invisíveis Vestimentas, ou matéria cósmica não diferenciada (Mulaprakriti), também compreendida esotericamente como sendo substância primordial, que constitui a base para manifestação do aspecto do fluxo definido por espírito ou Consciência divina.
- Sete Eternidades, ou os sete grandes períodos que comportam os grandes estados de atividade (Mahâvantara) e de inatividade (Mahâpralaya) do processo de manifestação.

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